NOÇÕES GERAIS
• A comunicação é essencial para uma organização social.
• O homem, como ser político e social, depende da vida em sociedade e, portanto, não é possível vida humana sem comunicação.
• A comunicação não envolve somente palavras.
• As pessoas comunicam o tempo todo, através de expressões faciais, gestos, olhares, posturas, etc.
• Sem comunicação, a atividade de segurança seria inoperante, com seus integrantes isolados pela distância entre um posto e outro, sem possibilidade de solicitar apoio da equipe.
• É direito do vigilante a utilização de sistema de comunicação em perfeito estado de funcionamento, assegurado na Portaria 387/06, no artigo 117, do Departamento de Polícia Federal, que consolida as normas aplicadas sobre segurança privada.
• Comunicação é o processo no qual se emite, transmite e recebe mensagens através de métodos (escrita, fala) e/ou sinais convencionados (gestos, sinais sonoros, etc.).
• Na comunicação do dia a dia do profissional de segurança, o equipamento mais utilizado é o de rádio comunicação, por ser de baixo custo e atender às necessidades de um estabelecimento.
• E a tecnologia vem aprimorando cada vez mais os equipamentos.
• Em alguns casos, devido às características da atividade de segurança, os vigilantes usam meios naturais de comunicação.
• Por exemplo, sinais convencionados entre a equipe, o que permite maior discrição e sigilo das mensagens, e funciona como forma de comando.
As empresas geralmente estabelecem um padrão de atendimento telefônico: nome da empresa, nome do atendente, cumprimento cordial (boa dia, boa tarde,…), e em seguida, “às suas ordens”.
O atendimento telefônico deve obedecer às seguintes regras, independente do padrão da empresa:
→ Ao invés de dizer “alô”, identifique-se. Fale o nome da empresa, seu nome e um cumprimento (bom dia, boa noite). Se for ligação interna, identifique-se com sua área e seu nome.
→ Fale natural e claramente, somente o necessário, evitando utilizar o telefone para fins pessoais.
→ Tenha sempre a relação de ramais, e telefones úteis por perto.
→ Não confie em sua memória. Sempre tenha à mão papel e caneta para anotar recados, nomes e instruções.
→ Cuidado com terminologia e sigilo. Não use termos técnicos, pois as pessoas fora de sua área podem não entender. E não passe informações pessoais ou rotinas diárias a ninguém.
→ Encerre a conversa cordialmente. Utilize palavras de cortesia: obrigado, por favor, às ordens, etc.
Obs: O telefone, inventado por Alexander Graham Bell, é um processo elétrico, com ou sem fio, que possibilita a comunicação entre duas pessoas. Não é totalmente confiável, pois pode ser interceptado através de grampos ou linhas cruzadas.
Fixas
São instaladas nas dependências dos prédios, com o uso de antenas apropriadas.
São geralmente instaladas onde os rádios portáteis não têm acesso, como subsolos e locais confinados.Móveis
São instaladas em veículos (terrestres, aéreos e aquáticos). O alcance é mais reduzido, e tem resultados melhores quanto mais alto e livre de obstáculos.
Ex: em viaturas.Portáteis
São portadas por uma só pessoa, mesmo quando se encontra em operação.
Ex: hand talks.FUNCIONAMENTO E REGRAS
Funcionamento
• Os equipamentos são dotados de microfone do tipo “push to talk” (PTT) ou “aperte para falar”.
• Ao apertar a tecla há o desligamento da recepção do equipamento e o sistema de transmissão é ativado.
• Pressionar a tecla PTT faz com que o rádio passe a gerar e propagar ondas através de sua antena.
• O microfone transforma a voz de frequência de áudio em sinal elétrico e envia para um transceptor que faz com que a onda portadora o transporte até o receptor.
• O transceptor, ligado e sintonizado para receber ondas portadoras de frequência igual ao do transmissor, recebe a onda portadora através de uma antena.
• A onda traz o sinal elétrico, e ao entrar no transceptor é transformado em frequência de áudio novamente.
Rádio Transceptor Portátil
• É um aparelho elétrico, portátil, e funciona através de ondas magnéticas.
• A palavra transceptor é uma fusão das palavras transmissor e receptor, termo surgido por volta da Segunda Guerra Mundial.
Regras na Radiocomunicação
• As transmissões devem ser tão breves quanto possível, com o máximo de abreviações (código Q), ocupando a frequência ou canal o mínimo possível.
• Para evitar interferências na transmissão de outrem, o operador deve escutar por um tempo antes de iniciar uma transmissão, após se certificar que a frequência ou canal está livre e desocupado.
• Transmitir de forma clara e pausadamente.
• Usar a rede de rádio somente para assuntos de serviço.
• Responder prontamente a qualquer chamado que demande resposta imediata.
• Manter a ordem e disciplina na rede, não fazendo brincadeiras ou usando sem necessidade com assuntos que não sejam os de trabalho.
• É importante manter a rede livre em casos de emergências ou solicitação de apoio por qualquer integrando da equipe de segurança.
CÓDIGO “Q”
• É uma coleção padronizada de três letras, todas começando com a letra “Q”.
• Foi criado por volta de 1909, pelo governo britânico.
• Inicialmente foi desenvolvida para comunicação radiotelegráfica comercial.
• O código facilitou a comunicação entre operadores de rádios marítimos que falam línguas diferentes, e por isso foi adotado internacionalmente.
• Um total de quarenta e cinco códigos “Q” aparecem na “lista de abreviações para ser usada na radiocomunicação”.
• Essa lista foi incluída no serviço de regulação afixado à Terceira Convenção Internacional de Radiotelegrafia, assinada em 1912.
• O código é adotado internacionalmente por Forças Armadas.
• O código foi inventado para que trouxesse rapidez, compreensão e dinamismo nas comunicações via rádio.
• Ele evita a sobrecarga do aparelho, além de simplificar as mensagens.
• Os códigos Q compreendidos entre QAA-QNZ são reservados para uso aeronáutico.
• Já os compreendidos entre QOA-QOZ são para uso marítimo e QRA-QUZ para todos os serviços.
Veja alguns códigos mais utilizados:
QAP – Na escuta, escutar.
QAR – Abandonar a escuta
QTA – Cancele a ultima mensagem
QRA – Nome do operador
QTC – Mensagem
QRM – Interferência
QTH – Local, endereço
QRT – Parar de transmitir
QRU – Novidade, problema
QRV – Estou à disposição
QTO – Sanitário
QTR – Hora certa
QTU – Horário de funcionamento
QTY – Estou a caminho
QUA – Notícia
QUB – Informar visibilidade
QSL – Entendido
TKS – Obrigado, grato
QSM – Repita a mensagem
NIHIL (NIL) – Nada, nenhum
QSO – Contato Pessoal
Obs: O mesmo grupo de letras pode ter sentido negativo quando seguido da letra “N”.
Alfabeto Fonético
• O alfabeto fonético é usado para dar a precisão necessária em certos tipos de comunicação, como em casos de transmissão de letras e de nomes pouco comuns.
• Sua função é simplificar e dar maior fluidez em qualquer idioma.
Veja:
A – Alpha B – Bravo
C – Charlie D – Delta
E – Echo (eco) F – Foxtrot
G – Golf H – Hotel
I – Índia J – Juliet
K –Kilo L – Lima
M – Mike (maique) N – November
O – Oscar P – Papa
Q – Quebec R – Romeu
S – Sierra T – Tango
U – Uniform V – Victor
W – Whiskey X – Xingu ou X-Ray
Y – Yankee Z – Zulu
Numerais
0 – Negativo, nulo.
1 – Primeiro, Primo, uno.
2 – Segundo.
3 – Terceiro.
4 – Quarto.
5 – Quinto.
6 – Sexto, meia, meia dúzia.
7 – Sétimo.
8 – Oitavo.
9 – Nono.
Obs: Outros Códigos e Gírias: Veja outros códigos:
51 – aperto de mão
55 – desejar felicidades, boa sorte
73 – abraço
144 – ir dormir
Obs: Esses códigos são contra as normas da Anatel.
OPERAÇÕES COM TELEFONE, RADIOFONIA E CENTRAL DE RÁDIO
• Telefone:
No telefone, o profissional de segurança deverá obedecer aos procedimentos de atendimento adotados pela empresa, sem usar o código “Q”.
• Radiofonia:
Em relação à radiofonia e central de rádio o ideal é que o contato seja breve e preciso.
• Codificação:
E sempre que possível as mensagens devem ser codificadas, adotando o padrão universal de comunicação (código “Q” e alfabeto fonético internacional).
Muito bom aprendi facil.
Quero fazer o curso como posso me inscrever?
Bom dia Roberto, o tema Radiocomunicação é abordado no Curso de Apoio ao Vigilante, você pode conferir mais sobre ele no link: Aula de Radiocomunicação
Gostaria de fazer o curso como posso me inscrever
Bom dia Celso, esta aula faz parte do Curso de Apoio ao Vigilante, para acessá-la veja este link: Aula de Radiocomunicação
Very nice post.
Qual a validade desse curso para um instrutor?
Ele é reconhecido pelo Mec.
Bom dia José! Este curso pertence a categoria de Educação Profissional de Nível Básico, ou seja, é um curso livre, sendo assim, não há necessidade de reconhecimento pelo MEC, à este cabe o reconhecimento de cursos de outros níveis, não básicos.
Muito bom recurso sobre via rádio. Gostaria de adquirir a apostila completa de rádio ht e ficar mais informado…
Bom dia André! Esta aula faz parte do curso de vigilante. Caso tenha interesse em conhecer mais sobre o assunto acesse: Curso de Vigilante